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sábado, 10 de março de 2012


A SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PARABENIZA TODOS POETAS E EM ESPECIAL OS QUE ESTÃO EM SALA DE AULA E AQUI REGISTRAMOS A NOSSA AUTA DE SOUZA QUE NOS PRESENTEOU COM "HORTO" E TORNOU A NOSSA CIDADE CONHECIDA NACIONALMENTE.


Auta de Souza, altos vôos do lirismo

Mulher de vida breve, trágica, mas ungida pela poesia, uma das maiores expressões poéticas do país no século XIX, Auta de Souza nasceu em Macaíba, RN, em 1876, e faleceu em Natal, em 1901.


De família classe média, mulata, Auta teve a vida marcada pela tuberculose, que vitimou sua mãe quando ela era uma criança de três anos. A mesma doença mataria seu pai, seu avô e a avó Dindinha, que foi sua mão de criação. Auta de Souza conviveu durante dez anos com a tuberculose, mal sem cura na época, que a mataria aos 24 anos de idade.


Dois de seus irmãos, Eloy Castriciano de Souza e Henrique Castriciano de Souza, destacaram-se no cenário nacional. O primeiro foi deputado, senador e vice-governador do Estado do Rio Grande do Norte. Henrique Castriciano, poeta e

educador, foi o fundador da Escola Doméstica, uma idéia pioneira transplantada da Suíça para Nata. Auta foi educada em Recife. Estudou com as freiras da Ordem de São Vicente de Paula, onde aprendeu música, francês e entrou em contato com a obra dos grandes nomes da literatura francesa, dentre os quais Bossuet, Fénelon, Chateaubriand e Lamartine.

Viveu, sonhou, declamou em saraus, escreveu versos românticos de amor não correspondido, sofreu por paixão e pela doença que a minava. Seu primeiro e único livro, Horto, só seria publicado um ano antes de sua morte.


Em vida, publicou poemas na revista “Oásis”, nos jornais natalenses “A República” e “A Tribuna”, que reuniam os mais prestigiados poetas e escritores da época. Em 1898, participou da moção de solidariedade ao romancista francês Émile Zola, condenado à prisão por sua veemente defesa do capitão Dreyfus, julgado injustamente por traição. Quando Horto foi publicado, em 1900, Auta de Souza já era um nome nacional. Tanto que o prefácio foi escrito por Olavo Bilac, o mais famoso poeta do seu tempo.


O livro reuniu 114 poemas que confirmavam o talento misticismo, paixão romântica, lirismo. Auta dominava a forma dos sonetos tão cara aos parnasianos, de que é exemplo este terceto final de “Noites amadas”:


Ó noites claras de lua plena

Que encheis a terra de paz serena,
Como eu vos amos, noites de lua!

Considerada simbolista por Otto Maria Carpeaux, parnasiana para outros, envolta quase sempre num manto de misticismo cristão, a poesia de Auta de Souza está acima desses rótulos.

FONTE:http://www.senado.gov.br/senadores/senador/Garibaldi/souza.asp


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